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miércoles, 19 de febrero de 2014

LIVRO IMPRESSO VERSUS EBOOK


Atualmente, muitos autores que estão publicando livros impressos também estão incluindo um e-book em seus planos.

Isso faz muito sentido. À medida que mais e mais pessoas se tornam usuários de e-readers como o Kindle, o mercado de livros eletrônicos cresce. E, para alguns tipos de livros, a procura de eBooks tende a crescer explosivamente.

Os eBooks são uma ótima maneira de apresentar o seu trabalho para o mundo, especialmente para determinados tipos de autores. O maior impacto de eBooks tem sido no mercado de ficção, e, especificamente, na novela romântica. Sem dúvidas
você deve considerar uma condição essencial para seus planos publicar em eBook.

Nesse caso, terá que preparar dois manuscritos, um para a versão impressa e outro para a edição digital?

Depende. Se você quiser um livro impresso com um formato bem básico, não. O mesmo arquivo gerará um eBook de boa qualidade. Porém, se a sua edição impressa possui ornamentos, utiliza espaçamentos diversos (coisas como capítulo que inicia no meio da página, espaço maior entre título e texto, entre outras), possui listas numeradas, recuos diversos, por exemplo, esse arquivo dará origem a um eBook de formatação inadequada.

Então, como você pode organizar seu livro enquanto você está preparando sua edição impressa para facilitar a transição para um eBook, quando chega a hora de convertê-lo?

Aqui estão algumas dicas que irão ajudá-lo.

Use estilos para controlar recuos de parágrafo, não use alguns espaços ou um [Tab] para recuar a primeira linha de seus parágrafos. Isso pode ser definido na definição de estilo em "recuo da primeira linha". Se o seu editor de texto possui essa opção em porcentagem, defina 10%.

Use estilos para controlar o espaço entre os parágrafos em vez de teclar [Enter] duas vezes. Você pode estipular este espaçamento na caixa de diálogo de formatação do parágrafo em "Espaçamento depois".

Não "cole" imagens ou gráficos, use a opção "Inserir" em seu lugar. Isso irá garantir que suas imagens e gráficos entrarão em seu eBook com a melhor resolução.

Inserir uma quebra de página entre os capítulos. Você pode fazer isso facilmente usando o comando "Inserir / Quebra manual / Quebra de Página".

Use estilos de título, não a formatação local, para dar ênfase. Os editores de texto possuem vários estilos de título, chamados Título 1, Título 2, e assim por diante segundo o seu nível. Você pode modificá-los ao seu gosto. Este procedimento garante que cada título semelhante esteja formatado com o mesmo estilo e que o seu livro resulte uniforme.

Use estilo de título 1 para os títulos dos capítulos. Isso permitirá que seja criada uma página de índice na conversão para eBook.

Mude de parágrafo utilizando "Enter" e não quebra de linha. Para verificar isso, você utiliza a ferramenta "Visualizar / caracteres não-imprimíveis". Todo final de parágrafo deve ter o símbolo .

Escreva os parágrafos continuamente, afinal o editor de texto faz a transição automaticamente. Não utilize  "Enter" ao final das linhas. Verificar como descrito acima.

Formate sua edição impressa como quiser, com cabeçalhos, rodapés, notas de rodapé e tudo o mais que desejar. Livros impressos nos são familiares, assim que não vejo necessidade em descrever suas característica. Já os livros eletrônicos... são um pouco diferentes e nem sempre estamos habituados com suas características.

Características de um eBook


1- Não possui página de tamanho definido e, portanto, tampouco quantidade de páginas definida (depende o dispositivo onde o leitor está lendo).


2- Não possui fonte e tamanho de letra definidos (o leitor pode modificá-los a seu gosto).

3- Deve ser funcional em telas pequenas (7" não é propriamente uma tela grande, mas eBooks também são lidos em smartphones)

Em virtude destas características, não possuem cabeçalho ou rodapé (a maioria dos programas de leitura ou e-readers apresentam o número da página em que se está e o total de páginas como um rodapé, e o título do livro e/ou autor como cabeçalho), páginas não são numeradas, a formatação é simples e os espaços entre textos e margens é pequeno.

Formatando o seu eBook

Sempre trabalhe em uma cópia de backup do arquivo do livro de impressão.

Como o tamanho da página e margens não importam no momento da conversão, você pode trabalhar com o formato de página original do arquivo. Este aspecto não altera o resultado final.

Elimine cabeçalhos e rodapés. Notas de rodapé podem ser mantidas se forem realmente necessárias. Uma solução prática para elas é transformá-las em hiperlinks dentro do texto e deixá-las como notas de capítulo (ao final do capítulo ou do próprio livro). Também, dependendo do caso, podem constar como nota do autor antes de iniciar o livro ou ao final.

Deixe apenas as imagens imprescindíveis, as decorativas é mais conveniente que sejam eliminadas.

Elimine as linhas vazias repetidas.

Fim. Seu arquivo para eBook está pronto para ser convertido corretamente. Fácil assim. Se você tiver utilizado as dicas de formatação acima, ele sairá perfeito.



Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
www.cristinapereyra.com







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martes, 11 de febrero de 2014

Uma fórmula para escrever novelas românticas

Este é mais um artigo da série "Passos para escrever uma novela romântica", que abarca as diversas fases do processo de escrita, desde a ideia até a revisão.

Às vezes temos tantas ideias, escrevemos tantas cenas, pensamos em tantas coisas para nossos personagens... que acabamos nos perdendo! Essa fórmula é ideal para orientar nossa caminhada no processo de escrita e para revisar o texto, encontrando falhas, omissões e excesso de informação.



UMA FÓRMULA PARA ESCREVER, ORGANIZAR E REVISAR NOVELAS.

Hoje quero lhe ensinar uma fórmula que servirá para você organizar tramas, subtramas e cenas. É de múltipla aplicação e pode nos ajudar em qualquer etapa do processo de escrita (geração de ideia, escrita do rascunho, revisões).
 

Você pode utilizá-la para explorar e definir os arcos dos personagens, para descobrir arcos secundários da história, para compor cenas efetivas, para evitar desvios do foco da narração, para resumir grandes blocos de informações e para organizar ideias, para revisar um rascunho, para ajudá-lo a ordenar os capítulos e seções em uma progressão dramática adequada... Enfim, esta pequena fórmula é tão versátil como um canivete suíço e a partir de hoje você pode incorporá-la a sua caixa de ferramentas de novelista.

As perguntas que você deve responder para obter esta fórmula são as seguintes:

O QUE QUER? (meta)

PARA QUÊ? (motivação)

MAS? (conflito)

GANHA OU PERDE? (conclusão)

A fórmula seria lida assim:

{X personagem} QUER {ser, fazer, obter X}

PARA {solucionar X problema ou satisfazer X necessidade}

MAS {tudo se complica quando acontece X}

Você pode começar aplicando a fórmula aos protagonistas da sua história, e depois passar ao secundários e a cada um dos personagens menores que apareçam na sua novela.

O que faz esta pequena fórmula ser tão poderosa é que lhe permite pensar nas diferentes direções em que corre a sua história. Por isso eu lhe aconselho a não responder as perguntas imediatamente. Pense com calma e reflita sobre elas.

Este exercício, que a primeira vista parece muito simples, lhe obrigará a revisar e reconsiderar tudo o que sabe sobre os seus personagens.

Também irá descobrir que não há somente uma resposta para cada pergunta. Anote todas as variações que lhe vierem à cabeça. Um personagem pode ter múltiplas motivações e nem sempre está muito claro porque faz algo. Descobri-lo é o seu trabalho como novelista.

Espero que minha explicação desta fórmula lhe tenha resultado clara e útil, e que você possa começar a aplicá-la hoje mesmo.

Traduzido por Cristina Pereyra



Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
www.cristinapereyra.com







Bem, além de aplicar nos meus manuscritos, eu utilizei essa fórmula no meu trabalho. Conduzi uma produção de texto com crianças de 6-7 anos utilizando essa fórmula, primeiro de forma coletiva, depois para uma produção individual. Nem todas as crianças compreenderam sua utilização, mas as que o fizeram, produziram textos muito melhores do que aqueles que haviam escrito no dia anterior. Os resultados foram realmente surpreendentes. Espero que também o sejam para você.

Escribe Romántica possui dezenas de artigos tão úteis quanto este, explore atentamente e descubra um mundo de possibilidades para melhorar a sua escrita e resolver os problemas que você encontra durante o processo. Tenho certeza de que eles lhe ajudarão tanto quanto me ajudaram - e continuam ajudando. Pouco a pouco irei traduzindo-os para o português.


Dúvidas, sugestões e perguntas, deixe nos comentários. Estaremos procurando lhe atender e ajudá-lo a  conquistar seu espaço no mercado literário.



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miércoles, 5 de febrero de 2014

Escrevendo uma novela romântica - Arco Dramático de personagem

Este é mais um artigo da série "Passos para escrever uma novela romântica", que abarca as diversas fases do processo de escrita, desde a ideia até a revisão.

Assim como os personagens possuem um arco dramático - passam por altos e baixos ao longo da história -
a história também tem o seu próprio arco. E a maneira de organizá-lo e conduzi-lo faz a diferença na qualidade do resultado final da história. 

Este artigo mostra cada uma das partes desse arco, com explicações detalhadas de como encaminhar cada um. 



ARCO DRAMÁTICO DA HISTÓRIA

Nesta série de Passos para escrever uma novela romântica já falamos do planejamento visual, dos personagens da novela romântica e seus arcos dramáticos. 

Hoje falaremos do Arco Dramático da História.

Uma história nunca está quieta, deve mudar a cada momento. Essas contínuas mudanças são a trama da história. Esta trama é formada por cada coisa que fazem ou que acontece aos personagens. Algumas destas coisas que lhes sucedem são tão importantes que mudam o curso da história: são os EVENTOS DRAMÁTICOS. E, por sua vez, alguns destes eventos são tão poderosos que fazem a situação do protagonista dar um giro de 180 graus. Este tipo de evento se chama REVÉS, e afetará tudo o que acontece deste ponto em diante.

Aqui está um gráfico do ARCO DRAMÁTICO DE UMA HISTÓRIA. Observe a curva com atenção:



Esta curva representa a tensão dramática da história. Note que vai ascendendo, tendo picos em determinados pontos (eventos), e descendo logo depois destes picos (transição).

Agora descreverei para você cada um destes eventos:

Disparador

O disparador da história é um evento imprevisto que rompe o equilíbrio do MUNDO COTIDIANO DO PROTAGONISTA. O personagem se vê obrigado a agir para tentar restabelecer o equilíbrio e voltar à sua vida normal.

O disparador é a primeira manifestação do CONFLITO EXTERNO PRINCIPAL da história. É o que organiza a história, já que obriga os personagens a reagirem, e a se colocarem de um lado ou outro, ou seja, a tomar uma posição.

Podemos apresentar a vida normal do protagonista através de suas rotinas cotidianas e na sequência introduzir o disparador. Ou podemos iniciar a novela diretamente com o disparador e deixar que o leitor tire suas próprias conclusões sobre como era sua normalidade pela maneira como reage o protagonista. Utilizamos a reação do protagonista diante da situação desequilibrante para que o leitor deduza por contraste o que mudou para o personagem.

O disparador é a situação que desencadeia a história. É o momento em que se rompe o equilíbrio, mas o protagonista só pode REAGIR diante dessa situação, ainda não está em condições de DECIDIR o seu curso de ação. Do momento em que acontece o disparador até o primeiro revés, o protagonista resiste a entrar de cabeça no novo mundo com o qual se depara. O primeiro revés é o empurrão final, aquele evento que o obriga a comprometer-se com a nova situação em que se encontra.

Primeiro revés

É o início do CONFLITO INTERNO PRINCIPAL da história. É um evento que lança o protagonista no MUNDO EXTRAORDINÁRIO DA HISTÓRIA. Este é o ponto de onde o protagonista já não pode retomar sua vida normal. Tomou uma decisão ou lhe aconteceu algo pelo qual lhe é impossível recuperar seu mundo cotidiano. A única possibilidade que lhe resta é aventurar-se no desconhecido. O PRIMEIRO REVÉS é o fim do primeiro ato ou começo da história, e o início do segundo ato.

Crise

Durante o segundo ato, o protagonista deve enfrentar aos desafios que o novo mundo lhe apresenta. Deve enfrentar desafios cada vez mais difíceis até chegar a outro dos picos da história: a crise. A crise é o momento em que o protagonista parece ter chegado em um beco sem saída. As dificuldades que se acumularam o deixam agoniado e tudo parece perdido. Este é um momento chave para o protagonista, já que ele toma consciência de sua DEBILIDADE PRINCIPAL e se dá conta, além disso, de que para ter uma chance de obter êxito precisa fazer algum sacrifício. É um momento de alta tensão dramática e marca o final do segundo ato.

Clímax

Depois da crise, o nível de tensão cai, o protagonista toma um respiro e se prepara para alcançar o pico mais alto da história: o clímax. Aqui é onde ele enfrenta a maior prova de todas. Está em jogo seu êxito ou fracasso em alcançar sua meta de longo prazo. É sua oportunidade de superar definitivamente sua debilidade principal.

Resolução

Aquí é onde se veem os resultados da história. Se mostra dramaticamente o que o protagonista ganhou e se amarra os últimos fios soltos da história. É conveniente que a resolução não se estenda muito. A história já está completa.

Traduzido por Cristina Pereyra



Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
www.cristinapereyra.com








Eu considero esse esquema perfeito. Sempre o utilizo para organizar minhas história, seja no momento de escrever ou correção. Quantas vezes nos perguntamos se a história vai muito devagar ou muito rápida? Aí está a medida perfeita!

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domingo, 2 de febrero de 2014

Escrevendo uma novela romântica - Arco Dramático de personagem

Este é mais um artigo da série "Passos para escrever uma novela romântica", que abarca as diversas fases do processo de escrita, desde a ideia até a revisão.

Um ponto muito interessante deste artigo é que ele destaca que TODOS os personagens podem (e na minha opinião devem) passar por esse processo construtivo. Não apenas os protagonistas.

A definição correta do arco dramático de um personagem o situa no lugar certo da história: primário ou secundário. Quantas vezes lemos uma novela e um personagem que deveria ser secundário nos cativa muito mais que os protagonistas? Se você fizer uma análise do arco dramático dos personagens, descobrirá o que está errado ali e o levou a apaixonar-se por um coadjuvante da história.

Um lembrete de última hora: o antagonista da novela romântica é personagem primário (como vimos no artigo passado).




ARCO DRAMÁTICO DE UM PERSONAGEM DE NOVELA

No artigo anterior "Personagens da novela romântica" eu lhe apresentei uma classificação prática dos personagens e falei do arco dramático do seu protagonista. Hoje ensinarei quais são os passos para reconhecer e definir o arco de um personagem de novela.

1- A META DE LONGO PRAZO DO SEU PERSONAGEM

A meta de longo prazo é um desejo que motivará o seu personagem ao longo da história. A meta deve ser grande e importante, algo que coloque em grande perigo a felicidade de seu personagem. Pense no que precisa mudar da sua situação atual para alcançar a felicidade; se poderá fazê-lo sozinho ou com ajuda; e se para consegui-lo precisará sacrificar algo de valor pessoal no caminho.

2- AQUILO QUE SE INTERPÕE ENTRE O SEU PERSONAGEM E A META

Se o seu personagem deseja algo e não encontra nenhuma resistência para consegui-lo, não há uma história possível. Para que haja uma história a contar, deve haver uma força antagonista que coloque obstáculos no seu caminho; que tente detê-lo de diversas maneiras e afastá-lo do que busca.

Se a história é boa, o seu personagem sempre nadará contra a correnteza. Pense em tudo aquilo que pode ir contra os desejos do seu personagem.

É uma ou várias pessoas, é uma força da natureza, é uma emoção própria, é tudo isso junto?

3- AQUILO QUE CORRE O RISCO DE PERDER SE NÃO ALCANÇA SUA META

Para criar conflito e tensão, a meta de longo prazo do seu personagem deve ser muito importante para sua felicidade e/ou sobrevivência. Esta meta sempre deve ser proporcional ao que corre o risco de perder se fracassa.

Pergunte-se: O que está em jogo para o personagem em cada decisão e em cada ação? Está em jogo aquilo que mais lhe faria sofrer por perdê-lo?

4- A PRINCIPAL FORTALEZA DE SEU PERSONAGEM

Mesmo que o seu personagem seja o maior vilão do universo, sempre deverá lhe dar ao menos uma emoção positiva que o caracterize. A principal fortaleza do seu personagem será aquilo que o ajudará a avançar nos momentos mais difíceis da história e que o identificará como herói ou heroína.

5- A PRINCIPAL DEBILIDADE DE SEU PERSONAGEM

A debilidade do seu personagem deve ser para ele uma fonte constante de problemas.

Você deve criar uma emoção negativa que se coloque no seu caminho quase com a mesma frequência que seus antagonistas.

Esta debilidade deve ser mais ou menos universal, uma série de características com as quais o leitor possa se identificar facilmente. Todos temos, ou tivemos em alguma época de nossas vidas, algum tipo de medo, insegurança, preconceito, aversão, tendências autodestrutivas ou sentimentos negativos em relação a alguém.

Para a máxima eficácia, esta debilidade deveria ser o oposto da fortaleza ou da meta de longo prazo do seu personagem. Isto cria uma situação de ironia dramática: aquilo que deseja é justamente aquilo com que não sabe lidar emocionalmente; aquilo que constitui sua maior fortaleza também é a fonte de seus problemas.

Assegure-se de compreender muito bem esta última técnica, pois este pequeno segredo é uma das ferramentas mais poderosas para criar personagens inesquecíveis.

Você pode utilizar estes cinco elementos como um checklist ou lista de verificação cada vez que criar um personagem.

Também pode submeter os seus personagens existentes a uma rápida análise para encontrar falhas de caracterização e fazer os ajustes necessários.

Agora você já dispões de uma ferramenta a mais para analisar e planejar o arco dos seus personagens. Você pode aplicá-la a qualquer um dos personagens de uma novela, mas é essencial que a aplique quantas vezes seja necessário aos seus protagonistas, pois um erro grave de caracterização neste nível pode levar sua história por água abaixo e causar-lhe um bloqueio que o impeça de continuar avançando depois de um certo ponto.

Traduzido por Cristina Pereyra


Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
www.cristinapereyra.com






Este artigo me foi muito útil. Retomei alguns textos que já havia escrito e apliquei a análise do arco dramático. Tive que reconstruir alguns personagens porque lhes faltava algo e aperfeiçoei aqueles que atendiam às necessidades mas que com um novo olhar percebi que podiam ser melhorados. Experimente analisar seus personagens, tenho certeza de que você vai se surpreender com os resultados.

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miércoles, 29 de enero de 2014

Escrevendo uma novela romântica: Personagens

Este é mais um artigo da série "Passos para escrever uma novela romântica", que abarca as diversas fases do processo de escrita, desde a ideia até a revisão.


PERSONAGENS DA NOVELA ROMÂNTICA - CLASSIFICAÇÃO PRÁTICA

Uma história romântica sempre conta com um casal protagonista.

O que talvez não seja tão óbvio é que toda história precisa apoiar-se em um único personagem.

Sempre haverá um personagem que esteja (ainda que ligeiramente) em primeiro plano em relação ao outro protagonista.

Ele ou Ela?

Esta é a primeira decisão importantes que devemos tomar.

Em outras palavras: Qual será o PONTO DE VISTA DOMINANTE da história?

O PVD (ponto de vista dominante) seá o personagem que colocará a história em perspectiva.

Isto não é um capricho, é uma necessidade estrutural que tornará a sua novela uma experiência melhor para o leitor.

A percepção tende a fixar-se em apenas um ponto, e a partir dele constrói a realidade. Uma novela funciona exatamente da mesma maneira (afinal, quando escrevemos uma história o que fazemos é construir uma realidade fictícia).

Você poderá identificar o seu protagonista porque será o personagem que mais alterações sofra durante a história. Será o personagem mais afetado pela ação dramática.

Além disso, é com quem o leitor fará sua primeira identificação, e com quem se comprometerá emocionalmente durante o transcurso da história.

Recapitulando, poderíamos dizer que o primeiro ponto para desenvolver uma história é definir as mudanças que sofrerá o seu protagonista em um determinado espaço de tempo.

Começaremos com o personagem PVD colocado em seu MUNDO NORMAL, quer dizer, sua vida cotidiana. Entretanto, durante a primeira quarta parte da história um evento extraordinário deverá obrigá-lo a deixar essa comodidade para entrar em terreno desconhecido.

A partir deste ponto, o personagem se verá envolvido na ação dramática, partindo em busca daquilo que quer, enfrentando um desafio atrás do outro, sempre com um nível de dificuldade crescente.

Enfrentar a esta sequência de desafios constitui a aprendizagem do personagem, é aquilo que fará com que tome consciência de suas debilidades e, consequentemente, que cresça emocionalmente. 

Quando o seu protagonista chegue ao CLÍMAX DA HISTÓRIA, deverá enfrentar o maior e mais difícil de todos os desafios, aquilo que mais teme e que adiou ao longo de sua jornada.

Finalmente, na resolução da história, o seu protagonista terá alcançado (ou não) a sua meta de longo prazo e converteu-se em uma pessoa melhor do que aquela que era no começo da história.

Terá superado, de uma ou outra forma, os obstáculos do caminho, tendo enfrentado seus medos e fraquezas mais profundos.

O que acabo de descrever em poucos passos é o que chamo de ARCO DRAMÁTICO DO PERSONAGEM.

E não apenas o seu protagonista deverá percorrer a trajetória deste arco, mas sim cada um dos personagens da história, em maior ou menor medida, também deverão percorrer seu próprio arco dramático.

Como um guia prático, aqui lhe apresento uma classificação segundo seu peso e significado dentro da história:

Classificação Prática de Personagens

Primários: No cado de uma novela romântica são os protagonistas indispensáveis: a heroína e o herói, e, se você decide que haja, um antagonista. Suas histórias são centrais e acabam absorvendo as histórias secundárias.

O antagonista pode ser uma pessoa, um grupo de pessoas, uma força da natureza ou sobrenatural. Apesar de que o antagonista pode ter aliados, devemos escolher um único personagem para que se converta no foco da ação, da mesma maneira que fizemos com o protagonista.

Desta maneira estreitamos o enfoque da ação.

Secundários: Entorno familiar íntimo (filhos, pais, irmãos), amigos, parentes, vizinhos.

Podem ter suas próprias histórias, porém seus arcos dramáticos deverão estar diretamente relacionados à história central.

Terciários: Personagens com papéis funcionais, aparições isoladas ou rotineiras que ajudam a dar à história uma maior profundidade ou aparência real.

Frequentemente aparecem apenas uma vez, cumprem sua missão e desaparecem.

Raramente possuem seus próprios arcos dramáticos.


Traduzido por Cristina Pereyra



Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
www.cristinapereyra.com








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Dúvidas, sugestões e perguntas, deixe nos comentários. Estaremos procurando lhe atender e ajudá-lo a  conquistar seu espaço no mercado literário.


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lunes, 27 de enero de 2014

Formatando seu livro para a Amazon

Boa parte das dúvidas que nossos leitores têm nos trazido sobre "Como publicar na Amazon (de graça!)" estão relacionadas à formatação do seu manuscrito. Por esse motivo, decidi escrever este post, abordando o tema na perspectiva do passo-a-passo do CreateSpace, mas este modelo serve também para outros sistemas. Veremos cada um dos itens sobre os quais você terá que tomar uma decisão e analisar as opções disponíveis.

Você escreveu o seu livro, revisou exaustivamente diversas vezes e o considera pronto para publicar. Nessa hora se depara com diversas opções e detalhes que o deixam perdido? Iremos explicar cada um deles para que seu trabalho publicado transmita exatamente a mensagem que você deseja.

O CreateSpace fornece modelos para você formatar o seu livro. Eu, pessoalmente, prefiro começar minha formatação toda do zero, me parece mais fácil do que ficar alterando um modelo. Como isso é preferência pessoal, vou explicar alguns pontos básicos de como formatar partindo do nada. Se você estiver usando um modelo, não esqueça de apagar os elementos que não irá utilizar. Se apenas apagar o conteúdo deles, ao fazer o upload do arquivo, o sistema vai indicar erro.

1- Tamanho (Trim Size)

Em primeiro lugar, os livros são impressos em folhas maiores que o seu tamanho final. Depois de montados, eles são cortados. Qual a utilidade dessa informação? Nos alerta que aquilo que estiver no limite da página corre o risco de ser cortado. Inclusive na capa. Portanto, atenção nas margens!

Como escolher o melhor tamanho para o seu livro? Bem, você deve pensar em como o leitor irá usar o seu livro.

Leitores de novela romântica costumam levar seus livros de um lado para o outro, ler na praia, na piscina, no ônibus, no avião, na fila do banco, na rede, na cama, enfim, em qualquer lugar. O livro deve ser fácil de carregar e leve. Os tamanhos mais adequados são 5" X 8" e 6" X 9".

Escolha o 6" X 9".

Por quê?

É o tamanho aceito por todos os distribuidores (parceiros do CreateSpace ou os que você conseguir por sua conta). Isso é significativo, não? Mas há outro motivo: seu custo quase sempre é mais baixo que o do formato 5" X 8", pois o número de páginas é menor. E os formatos menores de livros costumam ser vendidos a preços menores. Resultado: seu lucro com o formato 6" X 9" será maior.

Já decidiu o tamanho de página do seu livro? Então crie uma cópia do seu arquivo corrigido (sempre trabalhe com uma cópia, computadores não são máquinas totalmente confiáveis). Abra a cópia no seu editor de texto e vá na opção de formatar página: escolha o tamanho desejado, se não tiver a opção, use o definido pelo usuário e digite os valores. Nesta mesma opção, está a configuração das margens. Use a opção 'espelhadas'. O CreateSpace sugere: interna - 2,29cm, externa - 1,52, superior - 1,93, inferior - 1,93. São aquelas margens espaçosas que vemos nos livros das editoras (e que geram um número maior de páginas, um custo maior). Eu utilizo margens pequenas, como as dos 'livros de banca': interna - 2,24cm, externa - 1,27cm, superior (com cabeçalho) - 1,51, inferior (sem rodapé) - 1,27. ATENÇÃO: a partir de 200 páginas, vá aumentando gradativamente a margem interna. Para inserir cabeçalho ou rodapé, deixe as medidas padrão do editor de texto, pois elas são adequadas, e verifique a opção de mesmo conteúdo páginas da esquerda e da direita, marcando ou não conforme desejar. Cabeçalhos/rodapés diferentes nas páginas esquerda e direita não interfere na numeração das páginas, apenas você precisa inserir a opção nos dois lados.

2- Cor do miolo (Interior Type)

Sem segredos: preto e branco (Black & White) ou colorido (Full Color). Os livros coloridos são mais caros.

3- Cor do papel (Paper Color)

Também simples de compreender: branco (white) e creme (cream). Não influi no preço.

4- Faça o upload do seu arquivo

Fazer o upload não tem segredo, mas vamos falar um pouco de alguns elementos do interior do seu livro.

Capítulos: devem iniciar em uma nova página. Permitem usar uma fonte diferente do texto, podendo até ser alguma manuscrita ou estilizada, desde que seja a mesma em todo o livro.

Texto: use sempre uma fonte 'limpa', ou seja, nada de manuscritas ou estilizadas. O leitor deve ter facilidade em ler o seu texto e não se cansar já na primeira ou segunda página. Você pode utilizar qualquer uma, do ponto de vista impressão, mas os especialistas recomendam as fontes com serifa (os 'pezinhos' nas letras). Segundo eles, o cérebro faz a leitura da palavra como um todo, e não letra a letra, e nesse caso as serifas ajudam a conectar uma letra à outra, criando uma unidade. As fontes com serifas mais indicadas são: New Baskerville, Garamond, Minion, Times New Roman. Se você preferir uma fonte sem serifas, Arial, Calibri ou Verdana. Todas estas fontes são completas, ou seja, têm negrito e itálico, além do conjunto completo de letras e sinais gráficos. Muitas fontes não possuem acento circunflexo, cedilha, til ou acento agudo. Portanto não servem para textos em português.

Figuras: devem respeitar as margens. Resolução 300dpi.

Fontes: além do descrito sobre capítulos e texto, acrescento que você deve usar no máximo três fontes diferentes em um livro. Utilize tamanhos, negrito, itálico e espaçamentos de parágrafo para criar estilos diferentes com uma mesma fonte.

5- Sangria (Bleed)

Indica a posição do corte. Utilizado principalmente em livros com imagens. Há duas opções: depois da borda (after) e antes da borda (before). As ilustrações mostram bem o que é. Para livros de ficção, antes da borda é a opção mais indicada.

6- Capa (Cover)

Há pouco tempo eles colocaram a opção sem brilho (Matte). A outra opção, que era única, é a opção de capa brilhante (Glossy). Aqui se trata puramente de uma preferência pessoal.

Você tem três opções para dar uma capa a seu livro:
a) Utilizar o criador de capas (Build Your Cover Online)
b) Contratar um profissional (Professional Cover Design)
c) Subir seu próprio arquivo de capa (Upload a Print-Ready PDF Cover)

Eu não recomendo a última opção. É muito difícil conseguir a posição perfeita da lombada. e considerando que o criador de capas lhe dá a possibilidade de alterar todos os elementos como você quiser, é garantia de lombada na posição correta.

Texto de lombada só em livros com mais de 120 páginas, e alguns distribuidores (ao menos no Brasil) exigem que o livro tenha.

7- Revisão dos arquivos (complete setup)

O próprio CreateSpace faz uma revisão básica (não corrige nada) de qualidade de imagem, uniformidade de título indicado e título na capa, margens e umas outras coisinhas de formato. Se tudo está certo, o arquivo é aprovado. Se não está, o erro é indicado. Nas duas situações você recebe um email e uma mensagem no site. Se há erros, basta corrigir e enviar novamente. Quantas vezes for necessário. O  único inconveniente é que o livro demora mais a estar à venda.

8- Canais de distribuição (channels)

Há duas formas de distribuição, e nesse momento as duas são gratuitas (a Expanded Distribution antes era paga por livro).

a) Standard Distribution - os livros são vendidos nas lojas Amazon que vendem livros impressos (amazon.com.br não vende livro impresso) e na loja virtual do CreateSpace

b) Expanded Distribution - os livros são vendidos em livrarias virtuais, físicas e a bibliotecas. Porém o CreateSpace não envia os livros, as livrarias e bibliotecas interessadas devem entrar em contato com eles e fazer a compra ou solicitar a permissão de venda (no caso das lojas virtuais).

9- Preço (pricing)

O site informa o custo de produção e você indica o preço em que quer vender. Imediatamente é calculado o quanto você ganha em cada exemplar vendido, assim fica fácil controlar o valor pelo qual você quer vender seu livro.

10- Publicar para o Kindle (Publish on Kindle)

Aviso: nessa página você não irá publicar um ebook.

Aqui você pode gerar, a partir do arquivo que enviou, um arquivo para publicar na plataforma KDP da Amazon. É o arquivo de origem para o eBook. Para publicar, você deverá ter uma conta na plataforma KDP e fazer todo o processo de publicação lá.

Eu não gosto desse arquivo gerado aqui. Livros impressos e eBooks têm formatos diferentes e o resultado dessa conversão não gera um eBook de bom padrão, somente no caso do seu livro não ter formatação alguma.

Em breve estarei falando um pouco sobre as diferenças entre livro impresso e eBook. E também sobre seus arquivos de origem.



Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
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domingo, 19 de enero de 2014

Escrevendo uma novela romântica: Ambientação

Este é mais um artigo da série "Passos para escrever uma novela romântica", que abarca as diversas fases do processo de escrita, desde a ideia até a revisão.

O cenário onde se desenvolve uma narrativa é uma peça fundamental para organizar a ação. Em todos os gêneros narrativos, inclusive a novela romântica. Um cenário bem escolhido auxilia no desenvolvimento da história, e o contrário pode destruí-la. E isso não é exagero.

O cenário não é apenas um pano de fundo, como muitas vezes se pensa ao fazer uma análise superficial. O cenário dialoga com os personagens e com a ação dramática. 

O tempo é outro elemento essencial para conduzir o leitor através da história que você quer contar de modo que ele veja exatamente aquilo que você quer lhe apresentar.

O artigo abaixo discute esses dois elementos e apresenta dicas e exercícios para você aperfeiçoar a sua escrita.



A AMBIENTAÇÃO NA NOVELA ROMÂNTICA

Continuamos com a série de artigos intitulada Passos para escrever uma novela romântica. Na entrada de hoje falarei da ambientação na novela romântica.

A ambientação é o ONDE e o QUANDO dos eventos da sua história. São os limites dentro dos quais se desenvolverá a ação dramática. Definir estas coordenadas antes de escrever o rascunho de sua novela lhe ajudará a centrar a narração em seu eixo.

O Onde da sua novela romântica

O "onde" é o cenário físico onde acontece a ação narrativa.

O cenário deveria ajudar a acentuar os conflitos da sua história. Repito: o cenário deve ajudar a acentuar os conflitos dos seus personagens e da história.

Utilize-o como um handicap do protagonista, quer dizer, como um obstáculo a mais que deverá superar para alcançar suas metas.
Uma regra que você pode empregar para definir os cenários da sua história é perguntar-se: "Em qual paisagem, em qual lugar, em qual situação meu personagem se sentiria mais incômodo? Onde correria maior perigo? Qual é o último lugar do mundo no qual queria estar neste momento da história?"

Bem, pois ali mesmo, onde seu personagem não estaria disposto a ir nem por um milhão de dólares, é exatamente onde você deve colocá-lo para que a ação dramática funcione em sua máxima potência.

Esta análise pode ser feita cena por cena, levando em conta todos os detalhes do cenário da ação para potencializar o arco dramático da história, e é indispensável nos grandes eventos dramáticos.

Para que o efeito do ambiente sobre o seu protagonista seja potente no começo da novela, pense em onde poderia acontecer o disparador da sua história. Depois pense qual é o lugar mais dramático para ambientar o primeiro revés, a crise, o clímax e a resolução.

O Quando da sua novela romântica

O "quando" de uma novela é o período de tempo em que transcorre a serie completa de acontecimentos, incluindo os antecedentes da história.

Existem duas maneiras básicas de ordenar o tempo narrativo: conforme a cronologia e conforme a trama. A primeira se refere à sucessão natural dos acontecimentos, seguindo a direção linear passado-presente-futuro.

A segunda pode ter uma infinidade de variações. É a maneira pela qual você, como escritor, decide apresentar os fatos da história. Ao invés de limitar-se a uma só direção, sua narrativa pode avançar dando saltos no tempo, pode ir do futuro para o passado, incluir flashbacks e flashforwards, ou passar a realidades alternativas (sonhos, visões, etc.). Quer dizer, você tem a liberdade de explorar o tempo como for mais conveniente para a história que deseja contar.

Um exercício de ambientação.

Realizar este exercício, além de ajudar-lhe a definir os diferentes tempos da sua novela, lhe ajudará a descobrir novas possibilidades para a sua história.

Quero que você pense no seguinte: Em quantos dias, semanas, meses ou anos transcorre a história principal? (Lembre que a história principal sempre ocorre no presente da história.)

Para responder a esa pergunta, faça o desdobramento dos eventos da sua novela em uma linha do tempo, de maneira cronológica.

Aqui você tem um exemplo de como deveria ser uma linha do tempo simples:



Desenhe-a em uma lousa ou folha grande, e utilize diversas cores, isso lhe ajudará a visualizar melhor os eventos dramáticos. Procure anotar cada intervalo de tempo com a maior precisão possível e não deixe de incluir os antecedentes da história.

Os antecedentes são tudo aquilo que ocorreu, ou pode ter ocorrido, antes dos eventos presentes de que trata a história principal. Os antecedentes não tem que estar necessariamente no passado da história, podem estar no futuro. Há muitas novelas que começam com um prólogo mostrando as consequências que a história teve sobre os personagens tempo depois de ocorrida. Isto também se considera antecedente, pois dá um marco à história.

Tudo que está ao redor da história que se conta é antecedente.

Uma vez que você tenha desenvolvido essa linha cronológica, imagine três maneiras alternativas de apresentar os eventos da história. O que aconteceria se a história começasse no momento de maior perigo para seu personagem? E se você dividisse a linha do tempo em pequenos fragmentos e os misturasse como um quebra-cabeças?

Escreva em poucas linhas as ideias para três começos e três finais distintos utilizando trechos diferentes da sua linha do tempo.

Ter a visão geral do arco cronológico completo da sua história lhe ajudará a encontrar novas maneiras de combinar o tempo e organizar as situações.

Ou, falando de outra maneira, analisar a sucessão temporal das ações irá lhe ajudar a desenhar melhor a trama da sua novela.

Espero não ter lhe deixado tonto com tantos conceitos. Falar sobre o emprego do tempo na novela sem ficar enrolado sempre é difícil. Se você tem dúvidas sobre a técnica de ambientação, deixe um comentário e tentarei responder sua consulta.

Traduzido por Cristina Pereyra


Cristina Pereyra
Escritora
Brasil
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Quero acrescentar uma dica: se você escolher como cenário da sua novela romântica um lugar real, pesquise exaustivamente sobre ele. A internet fornece acesso fácil e rápido a informações fundamentais para caracterizar o ONDE da sua novela. Informações errôneas e/ou incoerentes do lugar onde acontece uma história tiram a credibilidade do autor. O leitor precisa acreditar no que você está contando para que aconteça a imersão na história, para que ele se sinta dentro dela.

Escribe Romántica possui dezenas de artigos tão úteis quanto este, explore atentamente e descubra um mundo de possibilidades para melhorar a sua escrita e resolver os problemas que você encontra durante o processo. Tenho certeza de que eles lhe ajudarão tanto quanto me ajudaram - e continuam ajudando. Pouco a pouco irei traduzindo-os para o português.

Dúvidas, sugestões e perguntas, deixe nos comentários. Estaremos procurando lhe atender e ajudá-lo a conquistar seu espaço no mercado literário.




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lunes, 23 de diciembre de 2013

Revisando a cópia de prova

Você escreveu seu livro, o revisou e realizou todo o processo de publicação com muito cuidado e atenção. Considerou que seu livro estava pronto para chegar ao leitor. Mas ainda não... falta ver a cópia de prova antes de dar o último OK e aprová-lo.

A cópia de prova do seu livro chegou, e agora? Em primeiro lugar, curta a emoção de ter seu próprio livro em mãos. Abrace, cheire, folheie com veneração... aproveite esse momento único. Sim, aproveite, pois depois disso vem o trabalho pesado, algumas vezes aborrecido, mas sempre fundamental: a revisão. 

Por que revisar a cópia impressa? Bem, você já revisou exaustivamente os arquivos de origem do seu livro, talvez até os tenha impresso para corrigir, mas esta é a versão final do seu livro. Ou seja, aquela que o leitor terá acesso. Portanto, deve ser perfeita. 

O texto que vemos na tela é o mesmo que está impresso, mas nossa forma de olhar é diferente. Para a maioria das pessoas é mais fácil corrigir um texto impresso do que um digital. Este já é um bom motivo para você voltar a revisar seu livro. Porém não estamos falando apenas de correção de texto, estamos falando do objeto livro, e você precisa conferir se tudo saiu como o esperado. Se o que você planejou e montou nos seus arquivos realmente foi reproduzido no livro. 

Por onde começar?

Geralmente devemos começar tudo pelo começo, que no caso do livro seria a capa. Entretanto, minha sugestão é de que se comece pelo texto. Por quê? Por se tratar da parte mais extensa e trabalhosa de se revisar. Ao final dela, provavelmente você estará um pouco aborrecido, então ficará animado ao revisar outras partes que dão menos trabalho. 

1. Revisando o texto

Leia o livro, com calma e atenção. O que você deve estar procurando nesta leitura: 

a) erros ortográficos e de digitação 
b) uso adequado de iniciais maiúsculas e minúsculas 
c) repetição de palavras 
d) coerência e coesão 
e) se o texto está completo 
f) uso adequado das fontes (a maioria dos livros devem utilizar uma única fonte, poucos são os gêneros que permitem o uso de várias fontes) 
g) parênteses e aspas corretamente abertos e fechados 
h) uso adequado de hífen, traço e travessão (todos são traços, mas variam em seu tamanho) 
i) espaçamento das linhas (deve ser o mesmo no livro todo, salvo exceções de gênero, como as receitas, por exemplo) 

2. Revisando a aparência do seu livro 

Agora se trata de apenas olhar para o livro, sem ler. É ver o que está escrito como borrões pretos sobre fundo branco. Deve haver uniformidade nestas manchas. 

a) procure por linhas órfãs/viúvas (aquelas linhas solitárias no final ou início de uma página) 
b) numeração dos capítulos (se forem numerados)
c) consistência dos títulos dos capítulos: posição, tipografia, ordem dos elementos 
d) numeração das páginas: ímpares do lado direito, páginas em branco não devem ter nada sobre elas (números, cabeçalhos e rodapés são proibidos) 
e) referências: se no seu livro uma parte faz referência a outra (página ou capítulo) confira se realmente esta é a posição correta 
f) observe se as margens estão corretas, se não houveram cortes e se a margem interna não ficou próxima demais do miolo do livro, obrigando o leitor a abri-lo exageradamente, comprometendo sua durabilidade (livros não são objetos descartáveis!) 
g) existe página de título 
h) há uma página de direitos autorais, com seu nome, licença de uso e ISBN 

3. Revisando as capas

Estamos chegando ao final, e esta etapa é bem rápida de cumprir

a) a qualidade, se a imagem não está borrosa
b) se de forma geral (espaços, imagens e cores) é o que você desejava
c) se o título está visível
d) se o nome do autor está visível
e) se elementos importantes não ficaram próximos demais das bordas, o ideal é uma distância de no mínimo 8mm
 f) se você incluiu o resumo do livro na capa, verifique legibilidade (tamanho da letra e senão ficou embaçado), ortografia, maiúsculas e minúsculas, repetição de palavras, coerência, coesão e se o texto está completo
g) conferir a legibilidade do ISBN e se o número coincide com o que está na página de direitos autorais
h) se há outros elementos, conferir se estão corretos e legíveis

Depois de tudo isso, aprove. O mais provável é que você tenha que fazer correções, e dependendo de quais forem talvez seja preciso uma nova cópia impressa e repetir o processo. Só assim você poderá ter certeza de que está colocando no mercado um produto de alta qualidade e acrescentar esse ponto positivo às suas obras. Certamente seus leitores não falarão apenas do conteúdo de seus livros, destacarão que é uma edição muito bem cuidada e de alta qualidade.




Cristina Pereyra
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lunes, 2 de diciembre de 2013

O Foco Narrativo



Tão importante quanto a história que é contada é a maneira como ela é contada. Um bom livro possui ortografia e sintaxe bem cuidadas, uma história bem encadeada e com um ritmo narrativo adequado. As escolhas do autor durante o processo de criação dependem de sua intencionalidade. Estão condicionadas à mensagem que o autor deseja transmitir ao seu leitor. Toda obra escrita possui um destinatário, quem escreve o faz para alguém, seja uma pessoa em concreto ou de forma geral, como é o caso de um livro.
Uma escolha muito importante na criação de um livro é o foco narrativo, ou ponto de vista. Trata-se da perspectiva na qual a história será contada. Poderá ser em 1ª pessoa ou em 3ª pessoa. No caso da novela romântica, o foco narrativo mais frequente é o de 3ª pessoa. Mas isso não significa que não existam novelas narradas em 1ª pessoa ou que esta forma não seja adequada ao gênero. Tudo depende da intencionalidade do autor.
Para escolher entre as duas possibilidades, é preciso conhecê-las bem, saber seus prós e contras. E também saber que dentro de cada uma destas pessoas do discurso se encerram diversas possibilidades. Vamos dar uma olhada nos focos mais básicos e comuns nas narrativas de ficção:



1. Narrativa em 1ª pessoa:
A narração é feita por alguém que participa da história. É um foco interno. O narrador pode ser uma personagem principal ou coadjuvante. Suas vantagens são a possibilidade de construir um maior envolvimento com os acontecimentos, explorar melhor a subjetividade, dar verossimilhança à narrativa, estreitar o laço entre a personagem e o leitor criando um clima intimista, de confidência. Como desvantagens pode-se citar: visão limitada dos fatos, ênfase em uma única personagem, parcialidade na narrativa dos fatos já que estes nos chegam filtrados pelo olhar e sentimentos de uma personagem.
a) narrador personagem principal: restringe o campo de narrativa a seu próprio universo (principalmente no caso da novela romântica, onde inevitavelmente há dois protagonistas) e cria uma sensação de narrativa autobiográfica
b) narrador personagem secundário: possibilita que o leitor transite pelo universo de vida dos dois protagonistas (no caso da novela romântica) na medida em que essa personagem pode circular pela vida de ambos, mas a narrativa é vista pelos olhos de alguém que está fora dos fatos. Ao mesmo tempo em que isso amplia a visão do leitor, restringe a narrativa pois perde-se a subjetividade dos protagonistas.
2. Narrativa em 3ª pessoa:
A narração é feita por alguém que observa a história. É um foco externo. Suas vantagens são a imparcialidade, a possibilidade de explorar vários ângulos de um mesmo fato, a objetividade, clareza e lógica. Algumas de suas desvantagens são: a distância entre narrador e história (que será a mesma entre o leitor e a história), pouca subjetividade, foco maior nos fatos que nos sentimentos.
a) narrador-observador: ele observa e conta o que vê, de forma objetiva, direta e imparcial. Este narrador não se mescla com o íntimo das personagens.
b) narrador-parcial: apesar de ser externo à história, identifica-se com uma das personagens e dá maior destaque a ela em sua narrativa. Por vezes contrapõem-se às outras personagens em favor de sua preferida.
c) narrador-onisciente: é aquele que tudo sabe sobre todos. Mesmo não participando da história, ele conhece e relata pensamentos e sentimentos de todas as personagens. Este narrador fornece a visão completa dos fatos, pois invade o mundo interior das personagens e o traz à luz, explicando e justificando fatos, apresentando versões diferentes para que o leitor possa confrontá-las.




Cristina Pereyra
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